Baixa procura pela vacina contra a dengue preocupa autoridades de saúde

Date: Feb 11, 2025
Image title: RIO DE JANEIRO, BRAZIL - FEBRUARY 23: Rio de Janeiro's Health Secretary Daniel Soranz prepares to administer a dose of the Qdenga dengue vaccine during the first day of massive vaccination against a record dengue outbreak on February 23, 2024 in Rio de Janeiro, Brazil. On the first stage of the plan, kids between 10 and 14 years old will be vaccinated. So far there have been over 90 confirmed deaths and more than 500,000 cases. (Photo by Buda Mendes/Getty Images)
Image credit: Buda Mendes - 2024 Getty Images
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A procura pela vacina contra a dengue no Brasil tem se mostrado abaixo do esperado, um ano após o início da vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde, apenas cerca de metade das doses distribuídas foi aplicada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo alvo definido pelo Ministério da Saúde. O imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, teve seu uso indicado para essa faixa etária, que apresenta um alto índice de hospitalizações por dengue. O esquema vacinal prevê duas doses com intervalo de três meses entre elas.


Inicialmente, 521 municípios foram selecionados para iniciar a imunização em crianças e adolescentes em fevereiro. A distribuição das doses segue critérios elaborados pelo Conass e Conasems, que priorizam regiões com grande incidência da doença. A empresa fabricante da vacina restringiu a disponibilidade do produto na rede privada, focando no atendimento às demandas do Ministério da Saúde para a conclusão do esquema vacinal da Qdenga.


A aprovação e incorporação da vacina ao SUS aconteceram em 2023, sendo também pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano seguinte. A vacina é indicada para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em áreas com alta transmissão da dengue. A SBIm emitiu um alerta recente sobre a baixa procura pela vacina, ressaltando que metade das doses distribuídas ainda não foram aplicadas.


Diante do cenário de preocupação com a detecção do sorotipo 3 da dengue em várias localidades, o Ministério da Saúde reforçou a importância do controle vetorial do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Medidas como o Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses foram implantadas para intensificar as ações de prevenção. Em 2024, o país enfrentou a pior epidemia de dengue, com milhares de casos prováveis e mortes causadas pelo vírus. Em 2025, o monitoramento já registra novos casos da doença, destacando a importância das estratégias de combate à dengue.