Caso Vitória: suspeito nega crime e acusa policiais de coerção

Date: Jun 2, 2025
Image credit: Reprodução: TV Record
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Maicol dos Santos, único suspeito preso pela morte de Vitória Regina, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo, negou ter cometido o crime em entrevista à TV Record exibida neste domingo (1º). Ele afirmou ter sido pressionado por policiais a confessar o assassinato e disse que sua confissão foi induzida por um delegado, investigadores e o secretário de Segurança de Cajamar. Segundo Maicol, os agentes teriam sugerido informações e prometido benefícios à sua família em troca da admissão de culpa.

O suspeito declarou que não conhecia Vitória e considerou impossível desenvolver qualquer obsessão por alguém com quem jamais teve contato. Apesar de vestígios de sangue da jovem terem sido encontrados em seu carro, ele negou que ela tenha estado no veículo. Sobre as imagens da vítima localizadas em seu celular, Maicol afirmou desconhecer a origem e negou saber detalhes sobre a rotina de Vitória. Reforçou sua inocência diante de todas as acusações.

Durante a entrevista, Maicol revelou que não pediu a presença de advogados durante o interrogatório e afirmou ter confessado por temer pela segurança de sua família. Ele também acusou as autoridades de mentirem ao dizer que seus advogados haviam abandonado o caso, o que nega ter ocorrido. Ainda segundo o suspeito, ele teria tido um breve relacionamento com Vitória cerca de um ano antes do crime, e afirmou que ela o ameaçou divulgar o caso para sua então esposa.

A defesa de Maicol entrou com um pedido de anulação da denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo em maio. O caso segue aguardando decisão da Justiça.

Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do trabalho em Cajamar. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem em um ponto de ônibus e embarcando em um coletivo. Pouco antes, ela enviou mensagens a uma amiga relatando medo da presença de dois homens suspeitos no local, que teriam embarcado no mesmo ônibus, um deles sentado logo atrás dela. A investigação continua em andamento, e o novo depoimento de Maicol dos Santos passa a compor os autos do processo.