Especialistas alertam para a sexta extinção em massa devido a ações humanas

Date: May 25, 2025
Image title: PEKANBARU, SUMATRA, INDONESIA - JULY 11: A view of stumps in recently deforested of peat natural forest located on the concession of PT RAPP (Riau Andalan Pulp and Paper), a subsidiary of APRIL group which is being developed for a pulp and paper plantation at Pulau Padang, Kepulauan Meranti district on July 11, 2014 in Riau province, Sumatra, Indonesia. The Nature Climate Change journal has reported that Indonesia lost 840,000 hectares of natural forest in 2012 compared to 460,000 hectares in Brazil despite their forest being a quarter of the size of the Amazon rainforest. According to Greenpeace, the destruction of forests is driven by the expansion of palm oil and pulp & paper has increased the greenhouse gas emissions, pushing animals such as sumatran tigers to the brink of extinction, and local communities to lose their source of life. (Photo by Ulet Ifansasti/Getty Images)
Image credit: Ulet Ifansasti - 2014 Getty Images
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Especialistas apontam que o desaparecimento de espécies é um processo natural, porém, deve ocorrer em proporções pequenas. Estudos revelam que, historicamente, a média normal de extinção era de 0,1 a 1 espécie a cada 10 mil espécies a cada 100 anos, o que resultava no desaparecimento de cerca de dez a 100 espécies nesse período. No entanto, atualmente, a taxa de extinção está alarmantemente alta, estimada em 27 mil vezes a média histórica. Esse cenário pode indicar a iminência da sexta onda de extinção em massa do planeta.

Hoje, aproximadamente 30% das espécies de plantas e animais catalogadas pelos biólogos estão sob risco iminente de extinção. Os especialistas são unânimes ao apontar a responsabilidade da humanidade nesse cenário preocupante, comparando nossa influência à dos asteroides. Ações como incêndios provocados pelo homem, desmatamento, urbanização em áreas anteriormente cobertas por florestas, exploração excessiva de recursos naturais, pesca predatória e danos à camada de ozônio são fatores que têm contribuído significativamente para o aumento da pressão sobre os ecossistemas.

Segundo o Museu de História Natural de Londres, desde a Revolução Industrial, a humanidade tem intensificado sua exploração desenfreada dos recursos naturais, sem considerar a necessidade de preservação e regeneração ambiental. Um dos impactos mais severos desse desequilíbrio é o desmatamento da Amazônia, que pode resultar no desaparecimento de até 10 mil espécies somente no Brasil, desencadeando um efeito cascata prejudicial aos ecossistemas. A extinção de espécies compromete a estabilidade ambiental, podendo levar a colapsos que afetam desde corais até a produção de alimentos, prejudicando toda a cadeia alimentar.

Diante desse cenário preocupante, cientistas alertam que a ação humana tem desencadeado a sexta extinção em massa da história do planeta. Historicamente, a Terra já passou por cinco episódios de extinção em massa, sendo o mais recente causado pelo impacto de um asteroide no México, há aproximadamente 65 milhões de anos, o responsável pelo desaparecimento dos dinossauros. As ações atuais da humanidade apontam para um caminho semelhante, onde a preservação ambiental e a mudança de práticas se tornam urgentes para evitar um colapso ecológico de proporções catastróficas.