Brasil conduz com sucesso negociações da COP30 do Clima da ONU em Belém

Durante a primeira semana de reuniões da COP30 do Clima da ONU, que vai até sexta-feira em Belém, o Brasil evitou conflitos entre as nações, mantendo um clima de diálogo e colaboração. Os quatro pontos de discordância - metas, financiamento, prestação de contas e medidas comerciais unilaterais - serão discutidos ao longo da próxima semana, com uma abordagem renovada.

Durante a plenária de balanço das negociações, os países tiveram a oportunidade de expressar suas posições publicamente, sem demonstrar insatisfação. O documento que será publicado ainda neste domingo (30) pela Presidência da COP abordará três eixos principais: a celebração dos dez anos do Acordo de Paris, a cooperação para implementar as políticas climáticas e a resposta à urgência climática, reunindo os pontos de conflito sob uma perspectiva de colaboração.

Negociadores de países em desenvolvimento e desenvolvidos elogiaram a condução brasileira, que adotou uma abordagem inovadora de consultas, promovendo conversas sinceras entre as partes. A próxima semana promete esquentar, com a chegada dos ministros de cada país, que assumirão o comando da fase política da COP e atuarão como facilitadores dos temas em discussão.

Uma nova proposta surgiu da Aliança dos Pequenos Estados Insulares, a "Plano de Resposta ao 1,5ºC", que busca aumentar as metas climáticas, incluir previsões de financiamento e propor uma transição dos combustíveis fósseis para manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC. Seja com a proposta brasileira ou a dos países-ilha, a COP30 enfrenta o desafio de equilibrar as demandas divergentes das nações desenvolvidas e em desenvolvimento, destacando a importância do multilateralismo e da cooperação para enfrentar a crise climática em um cenário geopolítico complexo.