Trump reduz tarifas sobre importação de commodities do Brasil

Date: Nov 14, 2025
Image title: WASHINGTON, DC - NOVEMBER 10: U.S. President Donald Trump delivers remarks during the swearing-in ceremony of U.S. Ambassador to India Sergio Gor in the Oval Office of the White House on November 10, 2025 in Washington, DC. In addition to serving as Ambassador to India, President Trump appointed Gor as Special Envoy to South and Central Asia. Gor previously served as Assistant to the President and Director of Presidential Personnel at the White House. (Photo by Anna Moneymaker/Getty Images)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (14) uma medida para diminuir as tarifas sobre a importação de carne bovina, tomate, café e banana. Essa ação tem o intuito de controlar a inflação dos alimentos no país após a imposição de taxas. Entre os países beneficiados por essas medidas estão os Estados Unidos e o Brasil, sendo este último o maior produtor global de café e o segundo maior produtor de carne bovina.

O Brasil, que vinha sendo alvo de uma sobretaxa total de 50% desde agosto, vê nessa nova medida uma possível flexibilização dessas tarifas. O país é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos, tendo exportado, em 2024, cerca de US$ 1,96 bilhão desse produto para o país norte-americano. No entanto, desde a aplicação das tarifas em agosto, as vendas de café brasileiro para os EUA despencaram drasticamente, com uma retração de 54,4% em outubro em comparação com o ano anterior.

Além do café, o setor de carne bovina também foi impactado, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Enquanto nos EUA os preços desse produto tiveram um aumento entre 12% e 18% em relação ao ano anterior, as tarifas sobre a carne bovina brasileira e a redução do rebanho local têm pressionado os preços no Brasil. Com as medidas anunciadas por Trump, espera-se que haja uma redução nessas taxas e um possível alívio para esse mercado.

A redução das tarifas sobre a importação de commodities vindas do Brasil e de outros países é parte de uma estratégia do governo dos EUA para ampliar seus acordos comerciais na América Latina. Nesse contexto, foram anunciados acordos comerciais com Argentina, Equador, El Salvador e Guatemala, que visam abrir os mercados para produtos agrícolas e industriais americanos. Apesar disso, as tarifas gerais de 10% a 15% impostas a produtos desses países devem permanecer, com uma redução em determinadas mercadorias.

O governo brasileiro tem buscado alternativas para negociar as tarifas com os Estados Unidos. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para discutir propostas de pausar as tarifas a fim de avançar nas negociações para produtos específicos. A expectativa é que esse diálogo possa proporcionar um alívio para as exportações brasileiras e fortalecer as relações comerciais entre os dois países.