Câmera corporal revela momento em que PM atira e mata investigador da Polícia Civil em São Paulo

Uma triste ocorrência chocou a cidade de São Paulo no último dia 11 de julho, quando o investigador da Polícia Civil, Rafael Moura da Silva, foi atingido por tiros disparados por um policial militar da Rota durante uma operação na comunidade do Campo Limpo, na Zona Sul da capital paulista. Após cinco dias internado, Rafael veio a falecer, conforme confirmado na última quarta-feira (16).

O incidente ocorreu em meio a uma operação conjunta entre equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar em busca de suspeitos de um latrocínio, porém, sem comunicação entre os grupos. O investigador Rafael foi alvejado por três tiros, sendo dois deles no tórax, disparados pelo sargento da Polícia Militar Marcos Augusto Costa Mendes, que integrava a equipe da Rota, mesmo estando Rafael à paisana.

A investigação em curso busca esclarecer se houve falhas de procedimento por parte dos policiais militares. Dois PMs, incluindo Marcos Augusto, foram afastados por determinação judicial. Imagens da câmera corporal de Marcos Augusto flagraram o momento em que ele se aproximou da comunidade, tendo a defesa do PM divulgado um vídeo de três minutos no qual se percebe o instante do encontro com o policial civil.

Durante a filmagem, ouvem-se dois disparos logo após Rafael gritar repetidamente: "É polícia, car...". Ao perceberem que Rafael era um policial civil, os PMs da Rota acionaram o socorro e prestaram os primeiros atendimentos. Apesar dos esforços, Rafael não resistiu aos ferimentos e veio a óbito após dar entrada no Hospital das Clínicas. As imagens da câmera corporal, tão aguardadas pela família de Rafael, foram divulgadas somente após a repercussão do caso. A defesa de Marcos Augusto alega legítima defesa, argumentando que ele agiu diante de uma suposta ameaça armada.