Mudança climática provoca aumento das populações de ratos urbanos, revela estudo |
Date: Feb 7, 2025 |
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Image credit: pxhere / CC0 Public Domain |
Link: https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2025/02/a-mudanca-climatica-esta-sendo-maravilhosa-se-voce-for-um-rato |
Cientistas realizaram o primeiro estudo que aponta uma correlação entre a mudança climática e o crescimento das populações de ratos urbanos. A análise demonstra que o aumento das temperaturas pode estar contribuindo para o incremento desses roedores em grandes cidades ao redor do mundo. Os pesquisadores utilizaram dados de chamadas de reclamação em 16 cidades, que variavam de sete a 17 anos de registros, para identificar o comportamento das populações de ratos. Eles constataram que as cidades que estão se aquecendo com maior rapidez apresentam um aumento significativo na quantidade de roedores ao longo do tempo. Contudo, o estudo não busca explicar exatamente o motivo pelo qual a mudança climática está relacionada ao aumento dos ratos. A hipótese é que o clima mais quente pode estender o período de alimentação dos roedores, permitindo mais eventos de reprodução e, consequentemente, o crescimento das populações. Algumas das cidades que registraram um significativo aumento no número de ratos incluem Washington D.C., São Francisco, Toronto, Nova York e Amsterdã. Por outro lado, cidades como Nova Orleans, Louisville e Tóquio conseguiram reverter a tendência, demonstrando uma diminuição na presença de ratos ao longo dos anos. Além da influência da mudança climática, os cientistas também observaram que o crescimento das populações de ratos está associado à urbanização e ao aumento da população humana. Outros fatores, como a riqueza de uma região ou a temperatura mínima, não apresentaram significância estatística em relação à presença desses roedores. A coexistência dos ratos em ambientes urbanos continua sendo um desafio complexo. Embora estudos apontem que a urbanização possa influenciar a presença dos ratos, a relação com espaços verdes urbanos e a proximidade de áreas públicas abertas ainda geram divergências. Isso reflete a complexidade dos ecossistemas urbanos e a dificuldade em estabelecer conclusões gerais sobre a vida selvagem nestes locais. |