STF vota para tornar Eduardo Bolsonaro réu por crime de coação |
| Date: Nov 14, 2025 |
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| Image title: BUENOS AIRES, ARGENTINA - DECEMBER 04: Member of the Brazilian Chamber of Deputies Eduardo Bolsonaro speaks during the CPAC Argentina 2024, Conservative Political Action Conference, on December 04, 2024 in Buenos Aires, Argentina. The CPAC is considered the largest and most influential forum of conservatives and ultra liberals in the world. (Photo by Tomas Cuesta/Getty Images) |
| Image credit: Tomas Cuesta - 2024 Getty Images |
| Link: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/11/14/stf-julgamento-denuncia-eduardo-bolsonaro.htm |
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O Supremo Tribunal Federal formou maioria para tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro réu por crime de coação no decorrer do processo da trama golpista nos Estados Unidos. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar a favor da denúncia, seguido pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Agora, aguarda-se o voto da ministra Cármen Lúcia. Com a aceitação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República, uma ação penal será aberta contra Eduardo, que se torna réu. O julgamento, iniciado às 11h no plenário virtual da Primeira Turma, está previsto para se estender até o dia 25 de novembro. Segundo o relator Alexandre de Moraes, o deputado agiu em benefício próprio para favorecer seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao tentar criar um ambiente de intimidação sobre os ministros do STF e o Congresso Nacional. Moraes destacou que a conduta de Eduardo configurou crime de coação ao provocar uma "grave ameaça" com suas ações. O ministro ressaltou que Eduardo se posicionou publicamente como articulador de sanções dos EUA contra o Brasil e autoridades brasileiras, resultando em prejuízos econômicos e políticos ao país. Em resposta às acusações, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou, em publicações nas redes sociais, que é vítima de "caça às bruxas" promovida por Moraes e denunciou a suposta perseguição política aos políticos de direita. Eduardo negou ter cometido o crime de coação no curso do processo e argumentou que sua atuação se deu de acordo com a legislação dos Estados Unidos, ressaltando que a prerrogativa de aplicação das sanções compete ao governo americano e não a ele. A denúncia apresentada pela PGR em setembro, menciona que Eduardo articulou a imposição de sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras com o intuito de interferir no processo da trama golpista e favorecer seu pai, Jair Bolsonaro. O deputado teria buscado a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil e até mesmo apelidado as mesmas de "tarifa Moraes", associando-as ao STF. As articulações teriam gerado reflexos a partir de maio de 2025, quando autoridades americanas manifestaram publicamente apoio às sanções idealizadas por Eduardo e outros envolvidos. |