Petrobras anuncia aumento de R$ 0,22 no preço do diesel

Date: Jan 31, 2025
Image title: LUXEMBOURG - MAY 29: A truck driver fills the tank of his lorry with diesel at a fuel station on May 29, 2008 in Luxembourg city. Customers are driving up to 100 km from neighbouring countries Belgium, France and Germany to fill up their vehicles with fuel, which is much cheaper in Luxembourg due to lower taxes. (Photo by Mark Renders/Getty Images)
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Nesta sexta-feira (31), a Petrobras divulgou que o preço do litro do diesel será elevado em R$ 0,22 para as distribuidoras, com a mudança entrando em vigor amanhã (1º). Isso elevará o novo preço médio do diesel para R$ 3,72 por litro. O último reajuste no combustível foi em outubro de 2023. A estatal destaca em nota que, recentemente, houve uma queda nos preços do diesel. Desde dezembro de 2022, a Petrobras reduziu os valores em R$ -0,77/litro, o que representa uma diminuição de 17,1%.


A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comunicou a Lula na segunda-feira (27) sobre o aumento no preço do diesel. A decisão de reajuste se deve à defasagem dos preços praticados no Brasil em relação aos valores internacionais do combustível. Segundo estimativas da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem do preço do diesel está entre 14% e 17%. Além do aumento para as distribuidoras, o ICMS sobre o diesel também será corrigido, com um acréscimo de R$ 0,06 por litro, elevando o imposto para R$ 1,12.


Pela primeira vez em 13 anos, a Petrobras encerrou o ano de 2024 sem realizar reajustes no diesel. Investidores pressionavam a estatal por um aumento de preços, temendo intervenções artificiais do governo. O Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) destaca o impacto negativo da contenção de preços no governo anterior, mencionando que a ex-presidente Dilma Rousseff tentou evitar reajustes nos combustíveis para controlar a inflação, resultando em prejuízos para a Petrobras.


As mudanças na política de reajuste anunciadas pela Petrobras no ano passado eliminaram a prática da paridade internacional, que vinculava os preços dos combustíveis às variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior. Estes ajustes, que também afetarão o preço da gasolina e do etanol, têm potencial para aumentar a inflação, particularmente nos setores alimentício e de transporte.