Após ser pressionado, Trump ordena divulgação de documentos do caso Epstein

Date: Jul 18, 2025
Image title: LONDON, ENGLAND - JULY 17: A photograph of US President Donald Trump and convicted child sex offender Jeffrey Epstein is displayed after being unofficially installed in a bus shelter on July 17, 2025 in London, England. The satirical artist behind the stunt has previously targeted Elon Musk and Tesla. The US president is facing criticism from his usually loyal Republican “Make America Great Again” (MAGA) supporters over suggestions that the administration is hiding details of Epstein’s crimes to protect the high profile figures he associated with, which included Trump. Having previously suggested that there was reason to investigate a rumoured list of clients, Trump has now refered to it as a hoax and called those calling for an investigation "weaklings". (Photo by Leon Neal/Getty Images)
Image credit: Leon Neal - 2025 Getty Images
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou na quinta-feira (17) que parte dos documentos relacionados à investigação do caso Jeffrey Epstein fossem divulgados pelo Departamento de Justiça. A ordem foi feita em meio a pressões vindas até mesmo de sua própria base republicana. Trump solicitou que a procuradora-geral Pam Bondi providenciasse os testemunhos do Grande Júri, sujeitos à aprovação judicial, como forma de esclarecer a situação. Bondi planejava encaminhar o pedido ao Tribunal Federal na sexta-feira seguinte.


A intensa pressão sobre Trump para a divulgação dos documentos se deu após a revelação de que o seu nome estava citado em uma carta com conteúdo polêmico enviada por Epstein em 2003. O presidente, por meio de sua plataforma Truth Social, afirmou que as palavras presentes na carta não condizem com seu modo de falar e negou a autenticidade do conteúdo. O presidente chegou a ameaçar processar o Wall Street Journal e seu proprietário, Rupert Murdoch, por considerar a história falsa e difamatória.


A situação ganhou relevância quando a publicação divulgou detalhes sobre a carta, que era parte de uma compilação de felicitações elaborada por Ghislaine Maxwell, associada de Epstein. Maxwell foi condenada em 2021 por envolvimento no tráfico sexual de menores e sentenciada a 20 anos de prisão. O Departamento de Justiça dos EUA, representado por Bondi, afirmou que não acreditava na existência de uma lista de clientes de Epstein, nem na possibilidade de que ele tenha sido assassinado, descartando boatos sobre sua morte.