Alerj transfere gestão do Sambódromo do Rio para o estado |
Date: Jul 1, 2025 |
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Image title: RIO DE JANEIRO, BRAZIL - FEBRUARY 03: Aerial view as members of the Acadêmicos do Grande Rio samba school rehearse at the Marques de Sapucai Sambadrome ahead of Rio de Janeiro's Carnival Parade on February 03, 2024 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Buda Mendes/Getty Images) |
Image credit: Buda Mendes - 2024 Getty Images |
Link: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/07/alerj-derruba-veto-de-claudio-castro-e-transfere-gestao-do-sambodromo-do-rio-para-o-estado.shtml |
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu derrubar, por 38 votos a 19, o veto do governador Cláudio Castro (PL) ao projeto de lei que transfere a gestão do sambódromo da prefeitura para o governo estadual. O projeto, proposto pelo deputado Rodrigo Amorim (PTB) e aprovado em dezembro do ano passado, tem como objetivo transferir a administração do espaço onde ocorre o desfile das escolas de samba do município do Rio de Janeiro para o governo do estado. O deputado Amorim ressaltou a importância de considerar o Carnaval como um patrimônio do estado como um todo, não somente da capital fluminense. Ele apontou que escolas de samba de municípios da região metropolitana, como Nilópolis (Beija-Flor), Duque de Caxias (Grande Rio) e Niterói (Viradouro), foram vencedoras em 2025, demonstrando a representatividade regional do evento. Além disso, enfatizou que o Sambódromo foi construído com recursos do governo do estado e que o espaço turístico pode ser utilizado para outras atividades. A medida revoga um decreto de 1975 que delegou à prefeitura a gestão do Sambódromo após a fusão entre os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. No entanto, o governador Cláudio Castro havia vetado o projeto sob alegação de inconstitucionalidade. Ele levantou preocupações de que a lei poderia transferir não apenas o Sambódromo, mas todos os bens do município localizados na Cidade Nova, como a sede administrativa da Prefeitura e o Terreirão do Samba, para o estado. Contudo, a Alerj rejeitou o veto e aprovou a transferência da administração do Sambódromo para o governo estadual. O prefeito Eduardo Paes criticou a decisão dos deputados, classificando-a como uma manobra política. Paes argumentou que o município é responsável por executar os serviços e arcar com os custos operacionais do Carnaval, destacando a falta de recursos disponíveis. Prometeu recorrer à Justiça contra a mudança na gestão do Sambódromo, intensificando a disputa política entre a Prefeitura do Rio e a Alerj às vésperas da corrida eleitoral de 2026. |