São Paulo terá greve do transporte urbano nesta quarta-feira

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) rejeitou a proposta apresentada pela SPUrbanuss em reuniões realizadas nesta terça-feira. Diante da falta de acordo, a categoria confirmou a greve que havia sido prevista desde a última sexta-feira, 28.

Apesar da paralisação, uma liminar emitida pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), determina que 100% da frota de ônibus esteja em funcionamento durante o horário de pico, das 6h às 9h e das 16h às 18h. Nos demais horários, pelo menos metade da frota deverá ser mantida. O descumprimento da determinação pode acarretar multa de R$100 mil para o sindicato.

As negociações entre os motoristas de ônibus e a categoria patronal se estenderam ao longo do dia, mas não houve consenso quanto às demandas apresentadas pelo SindMotoristas. A proposta do SPUrbanuss incluía um reajuste salarial de 3,60%, baseado no IPCA-IBGE, mais 5% de aumento real. No entanto, o sindicato dos motoristas havia solicitado não apenas o reajuste salarial, mas também outras melhorias como cesta básica de qualidade, correção do percentual programa de participação nos resultados e melhorias no vale-refeição, convênios de saúde e seguro de vida.

Com a decisão do SindMotoristas de dar prosseguimento à greve, os usuários do transporte público de São Paulo podem enfrentar dificuldades na locomoção. 

O SindMotoristas e a categoria patronal ainda poderão retomar as negociações para tentar chegar a um acordo que atenda a ambas as partes. Até lá, os usuários do transporte público devem buscar alternativas de locomoção e ficar atentos às informações atualizadas sobre a greve.