Brasil está prestes a obter licença para exploração de petróleo na margem equatorial

Date: Sep 25, 2024
Image title: 378913 01: Pennzenergy Company Oil Exploration Drilling Rig In The Gulf Of Mexico During Sunset. (Photo By Getty Images)
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O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, anunciou que o Brasil está na fase final para obter a licença de exploração de petróleo na margem equatorial, no litoral norte do país. A área é considerada um novo pré-sal, devido ao seu alto potencial de reservas de petróleo. Segundo Silveira, o governo está seguindo rigorosamente a legislação ambiental e se prepara para iniciar o diagnóstico das riquezas da região, tendo a soberania para decidir sobre a exploração.


Durante sua participação na abertura do evento ROG.e 2024 — anteriormente conhecido como Rio Oil & Gas — nesta segunda-feira (23), o ministro destacou que o Brasil é uma potência em energias limpas e renováveis no mundo e reafirmou a importância da exploração e produção de petróleo para o país. A margem equatorial abrange uma extensa área, da costa do Rio Grande do Norte à do Amapá, incluindo a foz do Rio Amazonas, o que tem gerado preocupações ambientais entre os ativistas. Segundo o MME, a expectativa é que sejam investidos R$ 280 bilhões na área com reservas potenciais de 10 bilhões de barris de petróleo e potencial para geração de 350 mil empregos.


A Petrobras solicitou a licença ao Ibama para iniciar as atividades de exploração na região. O ministro ressaltou o comprometimento da empresa em cumprir as condicionantes ambientais, o que tem recebido apoio do governo nesse processo de licenciamento. Silveira mencionou a expertise da Petrobras na exploração de petróleo offshore e revelou a intenção de parceria com representantes do governo indiano para buscar petróleo em águas profundas no Oceano Índico.


O Brasil, como maior produtor de petróleo da América do Sul e nono do mundo, pretende continuar atuando como produtor global enquanto houver demanda pelo recurso. O ministro defendeu a diversificação da matriz energética brasileira, destacando a importância das energias limpas, como hidroeletricidade, solar, eólica, biomassa e biocombustíveis. Além disso, enfatizou a inexistência de risco de insegurança energética no país e que o governo encara a possibilidade de retorno do horário de verão como  uma medida para melhorar o preço da energia ao consumidor.