Alemanha se compromete a prender Netanyahu caso haja mandado do Tribunal Penal Internacional

A Alemanha declarou que prenderá Benjamin Netanyahu caso haja algum mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra o líder israelense, e caso ele entre no país sob o comando do chanceler Olaf Scholz. A declaração foi feita por um porta-voz de Scholz, Steffen Hebestreit, durante uma conferência com jornalistas na quarta-feira (23). Hebestreit enfatizou que a Alemanha cumprirá a lei e afirmou que o país é um "apoiador fundamental" do Tribunal.

A resposta veio após a procuradoria do Tribunal Penal Internacional pedir uma ordem de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas, na segunda-feira (20), sob a acusação de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Caso o mandado seja emitido e Netanyahu viaje para qualquer país que acate a ordem, ele poderá ser preso e entregue para Haia, onde o tribunal está sediado.

Apesar do Tribunal Penal Internacional não ser reconhecido pela China, Estados Unidos e Rússia, é comum ter o apoio de países europeus. No entanto, essa situação marca a primeira vez em 20 anos que um aliado dos Estados Unidos enfrenta o risco de sofrer uma sanção dessa natureza.

Até o momento, o líder israelense não comentou diretamente a possibilidade de um mandado de prisão, mas, segundo o jornal britânico The Times, ele fez um apelo para que o "mundo civilizado" não endosse tal medida.

O pedido de mandado de prisão ainda será analisado por um painel de juízes.