Sister Hong: entenda o escândalo que chamou atenção mundial

Um homem de 38 anos, identificado apenas como Jiao, foi preso em 9 de julho na cidade de Nanquim, na China, sob a acusação de se passar por mulher para marcar encontros sexuais com homens. Ele utilizava perucas, maquiagem, filtros de beleza e softwares de alteração de voz para se apresentar como uma mulher divorciada em aplicativos de relacionamento. Jiao recebia presentes simples, como leite, frutas, óleo e melancia dos parceiros, ao invés de dinheiro. O chinês aproveitava os encontros para gravar as intimidades sem consentimento e posteriormente vendia os vídeos por aproximadamente 150 yuan (cerca de R$ 116) em grupos privados na internet.

O caso, que ficou conhecido como "Sister Hong", ganhou destaque internacional nos últimos dias, expondo inúmeras vítimas. Rumores iniciais sugeriram que mais de 1.600 pessoas teriam sido gravadas por Jiao, porém as autoridades negaram essa informação, afirmando que as investigações estão em andamento para determinar o número exato de envolvidos. O Departamento de Segurança Pública de Nanquim também desmentiu boatos de que Jiao seria portador do vírus HIV e que teria infectado 11 homens com AIDS.

Além do crime de divulgação de material obsceno, que pode resultar em até 10 anos de prisão, especialistas apontam que Jiao poderá enfrentar acusações adicionais, como prostituição, caso os presentes recebidos sejam considerados pagamento pelos encontros. Uma tentativa de envolver um homem de 60 anos no escândalo, mencionada nas redes sociais, foi desmentida pela polícia. O vazamento dos vídeos levou a consequências graves para as vítimas, incluindo rompimentos de relacionamentos, linchamentos virtuais e até transmissões ao vivo de familiares confrontando os homens identificados.