Alexandre de Moraes amplia monitoramento e Bolsonaro terá policiais em seu quintal

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a presença policial no entorno da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi baseada no risco de fuga do ex-presidente, especialmente devido às atividades do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O monitoramento presencial da área externa da casa de Bolsonaro, em Brasília, visa garantir o cumprimento das medidas cautelares estabelecidas.

Moraes destacou a existência de imóveis vizinhos nas laterais e fundos da residência de Bolsonaro, formando pontos cegos que poderiam comprometer a segurança e o efetivo monitoramento. Dessa forma, a Polícia Penal do Distrito Federal foi designada para realizar vistorias em veículos que deixam a propriedade, além de monitorar de forma integral o local desde a última quarta-feira (27).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrariamente à presença de agentes no interior da residência de Bolsonaro, destacando que não há sinais de situação crítica dentro da casa. A preocupação principal recai sobre a parte externa descoberta da residência, que apresenta desafios de vigilância devido à presença de imóveis adjacentes.

O procurador Paulo Gonet ressaltou a importância de garantir a privacidade dos demais residentes do local enquanto se assegura o cumprimento das medidas de segurança necessárias. Dessa forma, a determinação de Moraes inclui não apenas o monitoramento presencial na área externa, mas também vistorias em todos os veículos que saírem da casa do ex-presidente.

A decisão visa conciliar a privacidade dos moradores vizinhos com a necessidade de garantir a efetividade do monitoramento de Bolsonaro. A movimentação em torno da residência do ex-presidente é acompanhada de perto pelas autoridades responsáveis, que buscam assegurar o cumprimento das medidas cautelares de prisão domiciliar.