Calor e estiagem levam governo de SP a pedir redução imediata no consumo de água

O aumento no consumo de água em algumas regiões de São Paulo, devido à onda de calor, tem preocupado as autoridades do estado. Com a diminuição das chuvas e a queda nos níveis dos mananciais, o governo alertou a população sobre a importância de economizar água. O Sistema Cantareira, um dos principais reservatórios que abastecem a Região Metropolitana, encontra-se em nível crítico, próximo ou abaixo de 20%. O acumulado de chuvas em novembro ficou abaixo da média histórica do período, evidenciando a estiagem prolongada na região.

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ressaltou a necessidade do uso consciente da água por parte das famílias, especialmente diante da escassez severa enfrentada. Como medida preventiva, a Sabesp está reforçando o abastecimento com caminhões-pipa em áreas específicas. Desde agosto, houve a redução da pressão noturna da água na região metropolitana para preservar os mananciais, em uma ação conjunta entre o poder estadual e a Arsesp.

Além da escassez de água, o estado de São Paulo e o Rio de Janeiro sofrem com altas temperaturas recordes. Na cidade de São Paulo, a máxima atingiu 35,9ºC, a maior do ano, enquanto no Rio de Janeiro chegou a 40,1ºC. Essa onda de calor é consequência de um bloqueio atmosférico que impede a formação de chuvas e intensifica o calor no Centro-Sul do país. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta laranja de perigo para a onda de calor, que afeta oito estados brasileiros e estará vigente até a próxima sexta-feira, 26 de dezembro.