Brasil atinge menores níveis de pobreza e extrema pobreza, segundo o IBGE

Date: Dec 4, 2024
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O Brasil alcançou em 2023 os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde que a série histórica teve início em 2012, conforme apontado pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa queda significativa nas taxas de pobreza reflete a melhoria das condições de vida da população brasileira, com um impacto particularmente positivo entre os mais vulneráveis.


De acordo com os dados da pesquisa, crianças e adolescentes de zero a 14 anos são os mais afetados pela pobreza, com 7,3% em extrema pobreza e 44,8% em situação de pobreza. Por outro lado, os idosos apresentam os menores índices, com 2% em extrema pobreza e 11,3% em pobreza. A análise por faixa etária revela as disparidades existentes no país e a necessidade de políticas específicas para atender às diferentes demandas dos grupos populacionais.


A pesquisa também destaca que as regiões Norte e Nordeste concentram as maiores proporções de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza. Quando analisados os aspectos de gênero e cor, observa-se que as mulheres e a população preta e parda são os mais atingidos pela condição de vulnerabilidade econômica. Essas informações evidenciam a importância de se abordar as desigualdades de gênero e étnico-raciais na formulação de políticas públicas para combater a pobreza.


É ressaltado ainda que a pobreza atinge também aqueles que estão inseridos no mercado de trabalho, especialmente em setores como a agricultura e os serviços domésticos, os quais possuem uma maior presença de mulheres pretas ou pardas. Questões como a dupla jornada e a responsabilidade de cuidar dos filhos ou de idosos acabam agravando a situação de vulnerabilidade desses grupos, ressaltando a necessidade de medidas que promovam a igualdade de oportunidades e o acesso a serviços essenciais, como as creches.


Os dados do IBGE também apontam para avanços significativos no acesso à internet no país de 2016 a 2023. O acesso domiciliar à internet registrou um aumento de 24,3 pontos percentuais, passando de 68,9% para 92,9% nesse período. Nota-se que a população extremamente pobre teve um salto ainda mais expressivo, com uma proporção de acesso à internet que subiu de 34,7% em 2016 para 81,8% em 2023. Esse avanço ressalta a importância da inclusão digital como ferramenta para a redução das desigualdades sociais e econômicas no Brasil.