Procurador-geral da Venezuela acusa presidente Lula de ser "agente da CIA"
Date: Oct 14, 2024
Image title: CARACAS, VENEZUELA - JANUARY 29: General Prosecutor of Venezuela Tarek William Saab talks to press at the Supreme Justice Tribunal on January 29th in Caracas, Venezuela. William Saab confirmed the embargo of all properties and accounts opposition leader Juan Guaidó. He also announced that Guaidó is not allowed to leave Venezuela as he is under investigation because of going against the constitution. (Photo by Marco Bello/Getty Images)
Image credit: Marco Bello - 2019 Getty Images
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O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, fez acusações graves contra o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Chile, Gabriel Boric, ao classificá-los como "agentes da CIA", serviço de inteligência dos Estados Unidos. Em entrevista ao canal venezuelano Globovisión, Saab criticou Lula, destacando uma suposta mudança de postura do ex-presidente desde que saiu da prisão em 2019. Segundo o procurador-geral, Lula não seria mais a mesma pessoa, nem fisicamente, nem em suas expressões.


As declarações de Tarek William Saab não se limitaram a Lula: o procurador também dirigiu críticas a Boric, acusando o presidente do Chile de trair a juventude que lutou contra o ex-presidente Sebastián Piñera durante os protestos sociais no país. Saab é uma figura de destaque no regime chavista e está à frente da Procuradoria-Geral da Venezuela desde 2017, sendo conhecido por endossar ações do governo Maduro e por perseguir opositores.


As acusações feitas por Saab geraram repercussão internacional, uma vez que envolvem presidentes de dois importantes países da América Latina. A relação entre os governos da Venezuela, Brasil e Chile já vinha sendo marcada por tensões políticas, e as declarações do procurador venezuelano prometem gerar ainda mais controvérsias na região.


Até o momento, tanto a presidência do Brasil quanto a do Chile não se manifestaram oficialmente sobre as acusações feitas por Tarek William Saab. Ainda não está claro como essas declarações afetarão as relações diplomáticas entre os países envolvidos.