Tarifas de 104% dos EUA contra a China entram em vigor após falta de acordo

Date: Apr 8, 2025
Image title: WASHINGTON, DC - APRIL 1: White House press secretary Karoline Leavitt speaks during the daily press briefing in the Brady Press Briefing Room at the White House on April 1, 2025 in Washington, DC. Leavitt discussed tomorrow's expected "Liberation Day" tariffs proposed by U.S. President Donald Trump, the southern border, deportations, the Mara Salvatrucha gang commonly known as MS-13, and other topics. (Photo by Andrew Harnik/Getty Images)
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As tarifas de 104% dos Estados Unidos contra a China começarão a ser cobradas nesta quarta-feira (9), confirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt,. A medida foi consequência da falta de acordo entre os países, com a China não cedendo às retaliações dos EUA até o prazo estabelecido por Donald Trump. O presidente americano havia aguardado uma ligação para discutir as tarifas, mas não houve contato por parte da China antes do prazo.


A China, por sua vez, declarou durante a madrugada que não voltaria atrás em suas medidas e estava preparada para responder aos aumentos tarifários, mesmo considerando que "em uma guerra comercial, não há vencedores". O confronto iniciado no dia 2 de abril tem movimentado o mercado financeiro global, com investidores receosos quanto a uma possível guerra comercial generalizada.


Trump impôs taxas de importação sobre 180 países, sendo a Ásia o continente mais afetado pelas tarifas. Inicialmente, a taxa anunciada para a China era de 34%, elevando a tributação total dos produtos chineses para 54% nos EUA. Em resposta, a China anunciou tarifas de 34% sobre produtos americanos. Após a recusa da China em recuar das retaliações, as tarifas de 104% entraram em vigor.


O cenário de incerteza tem levado os investidores a se afastarem de ativos de risco, impactando as bolsas de valores. Nesta terça-feira (8), as principais bolsas asiáticas e europeias encerraram em alta, porém, nos Estados Unidos, os índices de Wall Street abriram em forte alta, mas reduziram os ganhos durante o dia. No Brasil, o Ibovespa inverteu o sinal e passou a operar em baixa, com o dólar ultrapassando a marca de R$ 6 por volta das 14h.