Jiggly Caliente, de RuPaul’s Drag Race, morre aos 44 anos

A artista Bianca Castro-Arabejo, conhecida como Jiggly Caliente, faleceu neste domingo (27), aos 44 anos, em decorrência de uma infecção severa. A informação foi confirmada pela família em nota publicada nas redes sociais. Segundo o comunicado, Bianca morreu em paz às 4h42 da manhã, cercada por familiares e amigos próximos.

Jiggly Caliente ficou conhecida internacionalmente após participar da quarta temporada do reality show "RuPaul’s Drag Race", exibida em 2012. Na época, sua presença carismática e seu estilo performático chamaram a atenção do público e da crítica. Em 2022, ela retornou à franquia como jurada na primeira e segunda temporadas de "Drag Race Philippines", a versão filipina do programa, consolidando sua influência na cena drag asiático-americana.

Além de sua trajetória no reality, Caliente integrou o elenco da série "Pose", produção da Netflix que retrata a cultura ballroom e a realidade da comunidade LGBTQIA+ nos anos 1980 e 1990, onde interpretou a personagem Veronica Ferocity. A artista também teve participações em outras séries de televisão, incluindo "Broad City" e "High Maintenance", e lançou trabalhos musicais, como o álbum "T.H.O.T. Process" (2018).

Bianca Castro nasceu em 15 de novembro de 1980, em Nova York, nos Estados Unidos, em uma família de origem filipina. Ela também era uma ativista reconhecida pelos direitos das pessoas transgênero e pelas causas LGBTQIA+, temas que abordava tanto em suas performances quanto em suas manifestações públicas. Em 2016, revelou ser uma mulher trans em uma entrevista, fato que a tornou ainda mais simbólica dentro da comunidade drag e LGBTQIA+.

Segundo informações divulgadas por sua família, a artista passou nos últimos meses por complicações de saúde que resultaram na amputação da perna direita, o que a afastou de suas atividades profissionais. Apesar do procedimento médico, a infecção evoluiu, levando ao falecimento.

Ainda não foram divulgadas informações sobre os funerais ou cerimônias públicas em homenagem à artista.

Com uma carreira que combinou arte, representatividade e ativismo, Jiggly Caliente deixa um legado de luta por visibilidade e inclusão, especialmente para a população trans e asiático-americana no cenário cultural dos Estados Unidos e das Filipinas.