Pesquisa aponta relação entre uso de cigarros eletrônicos e risco de depressão

Uma recente pesquisa, disponibilizada online, analisou mais de cinco mil estudantes australianos com idades entre 12 e 14 anos. Os participantes foram questionados sobre sua saúde mental e o uso de cigarros eletrônicos. 

Os resultados indicaram que os adolescentes que relataram sintomas depressivos graves eram mais propensos a ter experimentado cigarros eletrônicos em comparação com aqueles que não apresentaram tais sintomas.

De acordo com o estudo, o uso de cigarros eletrônicos era 74% mais frequente entre os estudantes que mencionaram níveis moderados de estresse e 64% mais frequente entre aqueles que relataram níveis elevados de estresse. Além disso, o uso de vaporizadores foi 105% mais comum entre os estudantes que tinham níveis significativamente baixos de bem-estar.

No entanto, os cientistas notaram que os sintomas de ansiedade não foram associados ao uso de cigarros eletrônicos. Essa descoberta, segundo os pesquisadores, sugere que pode existir uma relação específica entre o uso desses dispositivos e a depressão em adolescentes.

É importante ressaltar que os cigarros eletrônicos têm se tornado cada vez mais populares entre pessoas de diferentes faixas etárias, especialmente entre os mais jovens. Esses dispositivos são considerados alternativas ao cigarro tradicional, mas ainda levantam preocupações em relação aos possíveis impactos na saúde, especialmente quando se trata de adolescentes em fase de desenvolvimento.

Diante desses resultados, é imprescindível que sejam realizados mais estudos para entender melhor a relação entre o uso de cigarros eletrônicos e a saúde mental dos adolescentes. Além disso, é fundamental fornecer informações e educação adequada para os jovens sobre os riscos associados ao uso desses dispositivos.

Os especialistas recomendam que os pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de depressão nos adolescentes, bem como aos possíveis indícios de uso de cigarros eletrônicos. A prevenção, por meio de programas de conscientização e suporte emocional, pode ser uma abordagem eficaz para reduzir o risco de problemas de saúde mental relacionados ao uso desses dispositivos.