Contraventor Rogério Andrade é preso por suposto envolvimento em crimes violentos no RJ

O contraventor Rogério Andrade, grande figura no cenário do jogo do bicho no Rio de Janeiro, foi detido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta terça-feira (29/10). A prisão ocorreu como desdobramento da 'Operação Último Ato', realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação revelou uma rede intricada e violenta de crimes, incluindo a atuação de um grupo de extermínio envolvendo ex-delegados e ex-policiais militares a serviço de Andrade.

Segundo as autoridades, o grupo de extermínio era responsável por executar a mando do contraventor, em especial, durante disputas pelo controle de pontos de jogo e caça-níqueis na zona oeste do Rio de Janeiro. A estrutura da organização comandada por Andrade incluía seu filho, Gustavo Andrade, conhecido como Príncipe Regente, ocupando uma posição de destaque.

O contraventor é acusado de ordenar a morte de Fernando Iggnácio, herdeiro do bicheiro Castor de Andrade, em um crime que chocou o Rio de Janeiro. As investigações apontam que o assassinato de Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020, foi meticulosamente planejado, com detalhes como monitoramento da vítima e utilização de armas de guerra no ataque.

Apesar de denúncias anteriores relacionadas a este crime, com o arquivamento da ação penal em fevereiro de 2022, o caso foi reaberto após novos elementos serem encontrados pelo Gaeco. As acusações contra Rogério Andrade não se limitam ao homicídio de Iggnácio, abrangendo também uma ampla gama de atividades criminosas como exploração de jogos de azar, corrupção, lavagem de dinheiro, e outros crimes revelados durante a Operação Calígula realizada pelo MPRJ em maio de 2022.