Supremo Tribunal Federal mantém prisão do general Braga Netto por unanimidade

Date: Mar 14, 2025
Image title: BRASILIA, BRAZIL - MARCH 31: Brazil's Defense Minister General Walter Souza Braga Neto speaks during the presentation of the newly appointed military commanders for Brazil's Armed Forces, Navy commander Admiral Almir Garnier, Army commander General Paulo Sergio and Air Force commander Brigadier Carlos de Almeida Baptista Jr (not in frame) at the Ministério da Defesa on March 31,2021 in Brasilia, Brazil. President of Brazil Jair Bolsonaro announced on Monday March 28 six changes in his Cabinet that include the commanders in the three military institutions. (Photo by Andressa Anholete / Getty Images)
Image credit: Andressa Anholete - 2020 Getty Images
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Walter Braga Netto. O julgamento, concluído em plenário virtual, contou com o placar de 5 a 0, rejeitando um recurso apresentado pela defesa do militar. A decisão foi tomada pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

O general está detido desde o dia 14 de dezembro de 2024, quando foi preso no Rio de Janeiro pela Polícia Federal, em uma operação autorizada por Alexandre de Moraes. A prisão preventiva foi determinada com base em indícios de que Braga Netto teria atuado para interferir nas investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República apoiou a manutenção da medida, considerando que a liberdade do investigado poderia comprometer o andamento do inquérito.

A defesa do general recorreu da decisão e entrou com um agravo regimental no STF pedindo a revisão da prisão. Os advogados argumentaram que os fatos apontados remontavam a anos anteriores, sem elementos novos que justificassem a continuidade da detenção. Alegaram também a inexistência de provas concretas de interferência nas investigações. Porém, a Primeira Turma optou por manter a decisão anterior de Alexandre de Moraes.

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes destacou que as investigações e os depoimentos indicaram a participação de Braga Netto nos eventos investigados. Moraes ressaltou a existência de elementos que demonstram a necessidade da prisão para garantir a ordem pública e a instrução criminal. Os demais ministros da Primeira Turma acompanharam o entendimento do relator, consolidando a decisão unânime de manter a prisão do ex-ministro.