Exército de Israel ataca cafeteria em Gaza com bomba de 230 kg, causando indignação

Date: Jul 3, 2025
Image title: SOUTHERN ISRAEL, ISRAEL - JULY 3: Smoke rise over the Gaza Strip after an Israeli bombardment as seen from a position on the Israeli side of the border on July 3, 2024 in Southern Israel, Israel. Recent press reports have suggested Israel's military leadership wants a ceasefire in the war with Hamas, which has raged since the Oct. 7 attacks. Prime Minister Benjamin Netanyahu has publicly opposed any truce that would allow Hamas, the militant group that has governed the Gaza Strip, to survive the war. (Photo by Amir Levy/Getty Images)
Image credit: Amir Levy - 2024 Getty Images
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O exército de Israel realizou um ataque contra a cafeteria Al-Baqa, na Faixa de Gaza, utilizando uma bomba de 230 kg, de acordo com informações do jornal britânico The Guardian. O incidente ocorreu em 30 de junho, resultando na morte de 24 pessoas e deixando dezenas feridas. Fragmentos da bomba MK-82 foram encontrados nas ruínas, confirmando o tipo de armamento utilizado no ataque.


A MK-82, fabricada nos EUA e amplamente empregada em bombardeios nas últimas décadas, gera uma enorme onda de explosão e espalha estilhaços em uma área considerável. A presença de uma cratera significativa no local do ataque foi apontada como evidência do uso da referida bomba. Especialistas apontam que o uso desse tipo de armamento em uma área com civis desprotegidos pode configurar um crime de guerra, devido à sua letalidade e ao risco de danos indiscriminados e desproporcionais.


Autoridades locais informaram que entre as vítimas do ataque estavam um cineasta, um artista reconhecido, uma dona de casa e uma criança de quatro anos. O porta-voz militar israelense afirmou à AFP que o Exército visava atingir "vários terroristas do Hamas" com o bombardeio. Contudo, testemunhas descreveram a cena como um massacre, relatando a comoção e desespero gerados pela explosão.


A notícia do uso da bomba de 230 kg em um alvo como a cafeteria Al-Baqa tem gerado indignação e levantado questões sobre a conduta das forças armadas envolvidas. Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, destacaram a necessidade de investigar o ocorrido sob a suspeita de possíveis violações do direito internacional humanitário. O exército israelense afirmou que pretende investigar o caso, alegando ter adotado medidas para minimizar os riscos para os civis, apesar das controvérsias em torno do bombardeio.