Anexação da Cisjordânia "não vai acontecer", diz Trump sobre planos de Israel |
| Date: Sep 26, 2025 |
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| Image title: WASHINGTON, DC - SEPTEMBER 25: U.S. President Donald Trump wears a fighter jet lapel pin during a meeting with President of Turkey Recep Tayyip Erdogan in the Oval Office at the White House on September 25, 2025 in Washington, DC. Trump has signaled that the U.S. might lift a ban on F-35 sales to Turkey during Erdogan’s first visit to the White House since 2019. (Photo by Andrew Harnik/Getty Images) |
| Image credit: Andrew Harnik - 2025 Getty Images |
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval que não vai autorizar que Israel anexe a Cisjordânia. Trump confirmou ter conversado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçando a posição de não permitir a anexação da região. "A expansão de Israel na Cisjordânia não será permitida", afirmou Trump. O presidente americano enfatizou sua postura, declarando que "chega, é hora de parar agora". As declarações foram feitas no momento em que Netanyahu estava chegando a Nova York para seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Netanyahu havia prometido aumentar os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, considerados ilegais pelo direito internacional e pela comunidade global. Em julho, o Parlamento de Israel aprovou uma medida solicitando a "aplicação da soberania israelense" na Cisjordânia, o que representaria a anexação do território palestino ocupado ilegalmente desde os anos 1960. A anexação da Cisjordânia ocupada teria implicações significativas e inviabilizaria a criação do Estado da Palestina, reconhecida por líderes mundiais durante a reunião da ONU. Esta posição de Trump contrasta com o apoio de alguns países, incluindo dez nações nas últimas semanas, ao reconhecimento de um Estado palestino. O Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, também considera a ocupação da Cisjordânia como ilegal. Durante a coletiva, Trump mencionou sua reunião prévia com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde reiterou que para encerrar o conflito em Gaza é necessário que o grupo extremista palestino Hamas liberte todos os reféns israelenses, tanto vivos quanto mortos, mantidos desde 7 de outubro de 2023, quando ocorreu um ataque a Israel. Os desdobramentos dessa declaração de Trump e a postura de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU podem trazer novos debates e tensões na região do Oriente Médio. A posição do presidente americano em relação à anexação de Israel na Cisjordânia reflete uma abordagem distinta da adotada por diversos atores internacionais, ampliando a complexidade do conflito entre Israel e Palestina. |