Eduardo Bolsonaro decide permanecer nos EUA e desiste do mandato

Date: Jul 14, 2025
Image title: BUENOS AIRES, ARGENTINA - DECEMBER 04: Member of the Brazilian Chamber of Deputies Eduardo Bolsonaro speaks during the CPAC Argentina 2024, Conservative Political Action Conference, on December 04, 2024 in Buenos Aires, Argentina. The CPAC is considered the largest and most influential forum of conservatives and ultra liberals in the world. (Photo by Tomas Cuesta/Getty Images)
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que não irá retornar ao Brasil para reassumir seu mandato na próxima segunda-feira (21). Ele afirmou que o trabalho que está realizando nos Estados Unidos é mais relevante do que o que poderia executar no Brasil. Em entrevista à Coluna do Estadão, Eduardo disse lamentar ter que abrir mão do mandato, mas afirma ter receio de ser preso caso retorne ao país.


Eduardo Bolsonaro declarou que está sendo ameaçado e que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deseja controlá-lo, o que o motiva a permanecer nos Estados Unidos. No entanto, ele não apresentou provas dessas ameaças. O ainda deputado mencionou também que não considera mais necessário seu diploma de deputado federal para estabelecer contatos políticos no exterior, principalmente no contexto da articulação da extrema direita nos EUA.


O parlamentar expressou a dificuldade de atuação de deputados de direita no Brasil, citando a suposta perseguição do STF e a falta de liberdade de expressão. Eduardo afirmou que não deseja forçar seus familiares a visitá-lo em uma possível prisão injusta no Brasil, mencionando casos anteriores de retornos ao país com resultados insatisfatórios. Ele ainda desafiou Alexandre de Moraes a condená-lo à revelia e solicitar sua extradição para os Estados Unidos.

Está em andamento no STF um inquérito que investiga o deputado Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação. No último mês de maio, o procurador-geral da República Paulo Gonet solicitou a abertura da investigação ao STF para apurar a suposta atuação do parlamentar para incitar o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra Moraes.