Trump assina ordem executiva retirando os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Date: Feb 4, 2025
Image title: WASHINGTON, DC - JANUARY 30: U.S. President Donald Trump reacts to a reporter's question from the Resolute Desk after signing an executive order to appoint the deputy administrator of the Federal Aviation Administration in the Oval Office at the White House on January 30, 2025 in Washington, DC. Trump also signed a memorandum ordering an immediate assessment of aviation safety and ordering an elevation of what he called “competence” over “D.E.I.” (Photo by Chip Somodevilla/Getty Images)
Image credit: Chip Somodevilla - 2025 Getty Images
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou uma ordem executiva na última terça-feira retirando o país do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Além disso, manteve a suspensão do financiamento para a UNRWA, agência da entidade que auxilia refugiados palestinos. Durante o evento no Salão Oval da Casa Branca, Trump declarou que a única alternativa para os palestinos em Gaza é deixar o território, ideia que tem apoio da extrema direita israelense e é vista como limpeza étnica segundo analistas internacionais.

De acordo com a ordem executiva assinada por Trump, os Estados Unidos deixam oficialmente o Conselho de Direitos Humanos da ONU, órgão criado pela entidade em 2006 para promover temas como liberdade de associação, liberdade de expressão, direitos das mulheres e da população LGBT, além de investigar violações de direitos humanos por parte dos estados-membros. A UNRWA, por sua vez, atende cerca de 750 mil refugiados palestinos desde a guerra de 1948, sendo a principal organização da ONU a fornecer auxílio e educação a milhões de palestinos na Cisjordânia e em Gaza.

A situação na Faixa de Gaza tem sido um ponto de preocupação e debate internacional, especialmente após as declarações de Trump sugerindo que os palestinos deslocados do território deveriam ser acolhidos por Jordânia e Egito. A proposta foi rejeitada pelo ministro das Relações Exteriores da Jordânia, que afirmou a firmeza do país em não permitir o deslocamento forçado dos palestinos, defendendo que a Jordânia é para os jordanianos e a Palestina é para os palestinos. A ideia levantada por Trump foi elogiada por um ministro de Israel, apoiando a ideia de ajudar os palestinos a encontrar novos locais para reconstruir suas vidas.