Um dos problemas endócrinos que pode impactar diretamente o desenvolvimento físico e a estatura das crianças é a deficiência no hormônio do crescimento. De acordo com a literatura médica, essa condição rara atinge aproximadamente uma a cada 4 mil crianças em todo o mundo. A deficiência ocorre principalmente devido à produção insuficiente do hormônio do crescimento pela hipófise, glândula localizada na parte inferior do cérebro. Isso pode causar baixa estatura, atraso na dentição e outros sintomas. Felizmente, com um diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível minimizar os efeitos negativos da deficiência.

Segundo especialistas, a deficiência no hormônio do crescimento pode ter diversas origens, que vão desde causas congênitas até lesões, infecções ou tumores na hipófise, doenças autoimunes e uso prolongado de certos medicamentos, como os corticosteroides. Além da baixa estatura, outros sinais que podem indicar a deficiência incluem baixo nível de açúcar no sangue ao nascer e falta ou atraso no desenvolvimento sexual na puberdade.

O diagnóstico da deficiência hormonal em crianças envolve uma avaliação clínica detalhada, análises de sangue e eventualmente exames de imagem, como ressonância magnética. É essencial observar se o crescimento da criança segue os padrões esperados. Durante o primeiro ano de vida, por exemplo, é esperado um crescimento de cerca de 25 centímetros, enquanto dos três anos até o início da puberdade, o esperado é de 5 a 7 centímetros por ano.

No processo de diagnóstico, é fundamental o acompanhamento profissional para identificar a deficiência no hormônio do crescimento em seus estágios iniciais. Após o diagnóstico, o profissional poderá investigar a causa da deficiência e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Dessa forma, é necessário prestar atenção aos sintomas relacionados à deficiência, e, quando necessário, exames de sangue podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e dosar os níveis do hormônio do crescimento.